O cachorro mumificado mais antigo do mundo passa por autópsia
Cientistas realizaram um exame post-mortem nos restos de um cãozinho mumificado, considerado único no mundo, por seu excelente estado de conservação. O corpo do animal, que teria morrido com apenas três meses, foi encontrado em um permafrost no rio Syallakh, região também conhecida como a república de Sakha. Estima-se que o cão tenha 12.450 anos de idade. Será que este raro achado pode explicar a linha evolutiva do melhor amigo do homem?
Especialista acreditam que era uma fêmea e que tenha morrido por conta de um deslizamento de terra. Uma série de cientistas internacionais, incluindo especialistas da Bélgica, Canadá e Alemanha, participou do exame dos restos mortais do animal - que incluíram não apenas ossos, mas também coração, pulmões e estômago. Apesar de o cãozinho ter sido encontrado em 2001, a autópsia só foi realizada em abril deste ano, com os resultados divulgados recentemente.
De acordo com a belga Mietje Germonpre, do departamento de paleontologia do Instituto Real Belga de Ciências Naturais, que foi a Yakutsk para examinar o animal, trata-se de uma descoberta única. O achado pode ajudar a entender a linha de evolução dos cães.
Os mais antigos vestígios de cães são da caverna Goyet, na Bélgica, de 36,5 mil anos de idade, mas há outros de 26 mil anos. Este exemplares, porém, não estão tão bem preservados como o achado na república de Sakha, onde é possível identificar a pele e os órgãos internos.
O cão deverá ser enviado para Tóquio para exames mais detalhados. Os pesquisadores também planejam retornar à região da descoberta durante o verão na esperança de encontrar vestígios deixados pelos seres humanos e, quem sabe, dos donos do cão.
Fonte: Siberian Times
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