O estranho fóssil de uma menina humana nascida de duas espécies
Cientistas descobriram na Sibéria um inédito caso de hibridismo entre humanos primitivos, que pode mudar muito o que se sabia sobre a pré-história. Em uma caverna, eles encontraram um fragmento de osso de 90 mil anos que, segundo testes de DNA, pertencia a uma jovem cuja mãe era neandertal. O que surpreendeu os pesquisadores é que o pai dela era um exemplar de outra espécie primitiva, o hominídeo de Denisova.
Vídeo relacionado:
De acordo com os cientistas, a descoberta sugere que diferentes grupos de humanos primitivos acasalaram-se indiscriminadamente. "Isso implica que quando indivíduos de dois grupos se encontravam, eles procriavam de forma muito mais comum do que se acreditava", afirmou a pesquisadora Viviane Slon no trabalho publicado pela revista Nature.
A suspeita de que grupos distintos se relacionavam, pode derrubar a tese de que que neandertais e desinovanos foram extintos devido a conflitos com o homem moderno, que chegou à Eurásia, há 60 mil anos. Essas outras espécies podem ter simplesmente sido absorvidas pelo Homo sapiens. "Pode ter havido um cenário muito mais pacífico", especula Pääbo. Segundo estudos recentes, populações humanas modernas carregam entre 1,8% a 2,6% de DNA neandertal.
Fonte: The Guardian
Imagens: Ирина Мещерякова/iStock e Демин Алексей Барнау/Wikimedia Commons