O terror que o Bandido da Luz Vermelha espalhou em São Paulo
Por Thiago Gomide do Tá na História.
Parceria HISTORY e Ta Na História
Se você morasse em São Paulo e entrasse na sua casa um cidadão com a lanterna vermelha, meu irmão, boa coisa não era.
As casas na década de 1960 costumavam ter o muro baixo, sem grades, sem proteção. Além disso, também não era incomum deixar a porta sem trancar.
Essa cultura facilitava e muito o trabalho do famoso “Bandido da Luz Vermelha”.
João Acácio foi, sem dúvida, uma das figuras mais emblemáticas das histórias policiais do Brasil. O camarada gostava de Roberto Carlos e tentava se vestir igual, com terno e tudo. Assaltava dessa forma. Ele entrava nas casas com uma lanterna vermelha e um lenço no rosto. Lenço vermelho.
Tem quem diga que era uma relação com o diabo.
No começo, só entrava nas residências. Depois foi ficando cada vez mais agressivo. Cometeu mais de 100 estupros. Muitos assassinatos.
A imprensa começou a dar valor pra esse personagem perigoso e pitoresco. A sociedade queria saber: quem é esse tal bandido?
Gil Gomes, intrépido repórter, tentava de todas as formas responder. Nada.
A polícia, mega cobrada, não conseguia ir muito longe nas investigações. Ele não dava pistas. Coisa de profissional.
Os casos de pessoas que viram a tal lanterna vermelha só aumentavam. Não tinha um cidadão em São Paulo que não tivesse medo. Há relatos de empresários que contrataram seguranças só por causa de João Acácio.
Os roubos davam retornos financeiros ao bandido: ele vendia as joias pra um intermediário, limpando a grana. Por falar em joias, em 1966, ele chegou a ser preso por receptação de joias roubadas. Foi fichado, com um nome falso, de Roberto, e depois liberado.
Pulando essa dor de cabeça quase que momentânea, Acácio vivia uma vida de rei, com festas e carros badalados. Os amigos dele nunca imaginaram que João Acácio era quem era. Aquele papo de vizinho que a gente não imagina quem é.
Quer saber como ele foi pego? Ele ficou preso? Qual foi o fim do “Bandido da Luz Vermelha”? Aperte o play pra saber o fim da história.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.