Observatório solar mais antigo das Américas foi erguido por civilização misteriosa no Peru
Situadas no deserto costeiro peruano, estão as misteriosas ruínas de um complexo monumental conhecido como Chankillo. De acordo com os pesquisadores, trata-se do mais antigo observatório solar das Américas. Acredita-se que a estrutura tenha sido erguida há mais de 2300 anos por uma civilização desconhecida que viveu na região antes dos incas.
Chankillo, Patrimônio Mundial da UNESCO
Segundo os especialistas, o observatório tinha a função de prever com enorme precisão os solstícios, equinócios e toda uma série de datas, com base na posição do Sol. A estrutura possui treze torres, de 2 a 6 metros de altura, estrategicamente alinhadas de norte a sul no topo de uma montanha. Em 21 de dezembro, ou seja, durante o solstício de verão no hemisfério sul, o Sol nasce a partir da primeira torre da extremidade direita.
Em 2021, o Complexo Arqueoastronômico de Chankillo foi incluído oficialmente na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. Além das treze torres, as ruínas de Chankillo também incluem outras estruturas. Entre elas, estão um complexo chamado Templo Fortificado, além de um Centro Administrativo.
As ruínas foram erguidas por uma civilização até hoje desconhecida. Especula-se que essa cultura tenha habitado a região até o ano de 200 a.C.. Eles teriam abandonado o local após a invasão de uma aldeia inimiga, que destruiu e enterrou grande parte do complexo. Como o complexo está localizado entre o rio Casma e o rio Sechín, os pesquisadores têm chamado essa população de "cultura Casma-Sechín".