Os detalhes picantes do Baile da Ilha Fiscal, o último do Império
Por Thiago Gomide do Tá na História.
Parceria HISTORY e Ta Na História
Se você acha que foi em uma festa incrível, repense depois de saber os detalhes do último baile do Império.
A ideia foi de Visconde de Ouro Preto, um tipo de Ministro das Relações Exteriores da época.
Era para mostrar que estava tudo bem com o Império. Que nada estava pegando.
A realidade, como sabemos, era bem diferente disso.
O que foi passado para a população é que o furdunço seria uma homenagem aos oficiais de um navio chileno. Também bobagem: todo mundo sabia que era pra comemorar as bodas de prata da Princesa Isabel e do Conde D´Eu.
Até pensou-se fazer a festa em Petrópolis ou até mesmo no Paço Imperial, mas, olhando pra segurança, decidiu-se pela Ilha Fiscal, antiga Ilha dos ratos.
Essa festa parou o Rio de Janeiro.
Os cabeleireiros mais badalados, franceses, ficaram esgotados. Os homens faziam fila em barbeiros para melhorar o visual.
As lojas de roupas chiques, na Rua do Ouvidor, a Oscar Freire do começo do século XX, venderam o que dava e o que não dava.
Joias eram arrebatadas.
Nenhum dos 2000 convidados queria passar desapercebido.
A Ilha Fiscal era o sonho dos loucos.
Sente só um pouco do que rolou: 800 quilos de camarão, 800 lagostas, 800 latas de trufas, 1.300 frangos, que ninguém é de ferro, 188 caixas de vinhos, 80 caixas de champanhe, 10 mil litros de cerveja...
O resultado deixaria a tradicional família brasileira com os cabelos em pé. Quer saber os motivos e os detalhes? Aperta o play!
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Aurélio de Figueiredo (1854–1916), via Wikimedia Commons