Pais de alunos em SP criticam conteúdo sexual do Diário de Anne Frank
Pais de alunos de uma escola particular em São Paulo se queixaram do uso em sala de aula do clássico O Diário de Anne Frank. Segundo eles, algumas cenas da obra apresentam "conteúdo impróprio" de cunho sexual. Uma versão em quadrinhos do livro estava sendo trabalhada entre estudantes da 7ª série.
Erotização do Diário de Anne Frank
O célebre diário foi escrito pela menina Anne Frank, aos 13 anos, enquanto ela e seus familiares judeus se escondiam dos nazistas em um anexo de uma casa em Amsterdã, na Holanda. Nos trechos que incomodaram os pais, a adolescente fala sobre seu órgão genital e nudez. A obra em quadrinhos usada pela escola é uma versão oficial baseada no texto integral do livro.
Em 1946, quando "O Diário de Anne Frank" foi publicado pela primeira vez, o pai dela, Otto Frank, havia suprimido essas passagens do livro. Mas, desde 1991, as edições do livro contêm o texto completo escrito pela garota. Em 2018, foram encontradas duas páginas escondidas do diário que também continham textos de conteúdo sexual. A jovem morreu no campo de concentração Bergen-Belsen em março de 1945, quando tinha 15 anos.
Na carta enviada para a direção da escola, os pais dos alunos pediram que a instituição voltasse a usar a edição do livro em texto escrito, utilizada em sala aula até 2020. Agora os pais podem escolher qual das duas versões preferem que seus filhos leiam. A Fundação Anne Frank classificou as acusações de erotização da obra da jovem por parte dos pais como “ultrajantes e ridículas”.
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Fontes: Veja São Paulo e Folha de S.Paulo
Imagens: Domínio Público, via Wikimedia Commons