Pesquisadores encontram rastros de El Dorado, a cidade de ouro perdida
A antiga lenda do mítico El Dorado, um lugar supostamente repleto de riquezas que atiçaram a cobiça dos espanhóis, volta a despertar atenção. Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia encontraram um imenso cemitério, próximo à cidade de Bogotá, pertencente à comunidade Muisca, com mais de 100 tumbas que seriam de habitantes da civilização de El Dorado.
Os restos humanos datam entre os séculos VIII e XVI. O que se sabe até agora é muito pouco diante do que pode ser revelado durante a exploração, pois apenas 400 dos 80 mil metros do cemitério foram escavados. As estatísticas já mostram um corpo a cada oito metros quadrados e, se os cálculos estiverem certos e uma vez concluída a escavação, mais de 2 mil corpos deverão ser encontrados.
A empreitada pode levar em torno de 20 anos. No momento, os pesquisadores vão fazendo descobertas valiosas como o fato de os Muiscas realizarem enterros coletivos e, em muitos casos, enterrarem pessoas vivas. Na cultura Muisca, os mortos eram sepultados em posição fetal, de bruços ou com as mãos cruzadas no peito. Um dos cadáveres descobertos em uma grande tumba é de uma mulher, sem o crânio e vários de seus ossos maiores, o que indica que foi desmembrada e decapitada, possivelmente como oferenda, ou castigada. Segundo os estudiosos, a posição em que as pessoas eram enterradas e os objetos que eram depositados com o corpo possuem uma estreita relação com o status social de cada um. E, como todos os mitos históricos, cada vez que o El Dorado reaparece surgem também seus enigmas. Por conta de sua suposta riqueza, ela também foi chamada de “cidade do ouro perdida”, que nunca foi encontrada.
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