Polícia italiana desmantela grupos neonazistas fortemente armados
Grupos neonazistas fortemente armados foram desmantelados pela polícia da Itália. Ao todo, 19 pessoas foram presas em diversas cidades, entre elas Milão, Gênova, Pádua e Verona. Com eles, foram apreendidos fuzis, facas, bestas e explosivos além de livros a respeito de Adolf Hitler e Benito Mussolini.
A operação "Sombras Negras" teve como alvo grupos locais de extrema direita, todos unidos pelo mesmo fanatismo ideológico. Eles pretendiam constituir um movimento pró-nazista, xenofóbico e antissemita chamado "Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Italianos". De acordo com a polícia, os grupos são acusados de associação subversiva e incitação ao crime.
Em nota, a polícia afirmou que os membros dos grupos realizavam atividades de recrutamento e proselitismo publicando conteúdo extremista suas redes sociais. Além disso, também foi criado um bate-papo fechado chamado "Milícia", com o objetivo de treinar militantes. Os neonazistas também mantinham contatos com outras formações extremistas e xenófobas da Europa, como o Aryan White Machine - C18, do Reino Unido, e o partido de direita português Nova Ordem Social.
Uma das líderes era uma mulher de 50 anos que trabalha na administração pública em Pádua e não possui antecedentes criminais. Segundo a polícia, seu codinome era "Sargento-major de Hitler". Os investigadores encontraram suásticas e material antissemita em sua casa. Outra suspeita é uma mulher de 26 anos da Sicília que já venceu um concurso de beleza online chamado "Miss Hitler".
Recentemente, uma pesquisa revelou que existem mais de 300 células neonazistas no Brasil. A antropóloga Adriana Dias, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mapeou mais de 6.500 endereços eletrônicos de organizações de extrema direita em língua portuguesa. Além disso, ela identificou dezenas de milhares de neonazistas brasileiros em fóruns internacionais.
Fonte: The Guardian, Polizia di Stato e tgcom24
Imagens: Polizia di Stato/Reprodução