Quarteto do Diálogo Nacional tunisiano recebe Nobel da Paz
O Comitê Norueguês do Nobel decidiu que o Prêmio Nobel da Paz de 2015 será concedido ao Quarteto do Diálogo Nacional tunisiano pela sua contribuição decisiva para a construção de uma democracia pluralista na Tunísia, na esteira da Revolução de Jasmim de 2011. O quarteto foi formado no verão de 2013, quando o processo de democratização corria perigo de colapso como resultado de assassinatos políticos e agitação social generalizada.
O Quarteto estabeleceu um processo político alternativo e pacífico em um momento em que o país estava à beira de uma guerra civil - apesar de nos dias atuais a Tunísia ainda sofrer com alguns atentados terroristas. O Quarteto foi formado por quatro organizações da sociedade civil da Tunísia: a União Geral do Trabalho, a Confederação da Indústria, Comércio e Artesanato, a Liga dos Direitos Humanos e da Ordem dos Advogados da Tunísia.
Antes da definição do vencedor do Nobel, um nome bastante cotado nas "bolsas de apostas" para o prêmio era o do Papa Francisco, "papa do fim do mundo". Ele foi escolhido candidato pelo seu trabalho em todos os continentes pela diplomacia internacional, em especial na sua atuação nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Esta já era a terceira vez que o Papa Francisco aparecia na lista de nomeados ao Nobel. Também estavam no páreo a chanceler alemã, Angela Merkel (por seu trabalho ao longo da crise de imigrantes na Europa), o sacerdote eritreu Mussie Zerai (por sua atuação em torno dos refugiados que tentam chegar à Itália), o ginecologista congolês Denis Mukwege, que trata da violência sexual; o jornal russo Novaya Gazeta, que relata notícias do Kremlin de forma independente; e o líder das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, Timoleon Jimenez, e o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pelo acordo de paz inovador que assinaram.
Não perca, esta noite, às 21h, O PAPA DO FIM DO MUNDO.
Na enquete do HISTORY em que foi perguntado se o Papa merecia ganhar o Nobel da Paz, a maioria dos nossos participantes afirmou que com SIM (85%).
Fontes: Prêmio Nobel
Imagem: Vepar/Shutterstock.com