Schindler de Portugal: Sousa Mendes salvou milhares de judeus na Segunda Guerra
Por Thiago Gomide do Tá na História.
Parceria HISTORY e Tá Na História
O diplomata Aristides de Sousa Mendes ignorou a ordem do ditador Salazar, montou um esquema de multiplicação de vistos, salvou milhares do nazismo, em especial judeus, prejudicou a carreira, foi perseguido politicamente, morreu com dificuldades financeiras e só foi reconhecido, para variar, depois de morto.
Aos 55 anos de idade, depois de atravessar diferentes posições no mundo da diplomacia, Sousa Mendes estava atuando em Bordeaux, no sul da França. Era o representante máximo de Portugal ali.
Após uma sequencia de invasões, a Alemanha entrou na França em 1940. Por estar no sul, Bordeaux acaba sendo o último refúgio para várias pessoas que estavam tentando fugir.
Entendendo a gravidade, Sousa Mendes resolveu agir. Começou a dar vistos para todos que precisavam.
Fazia-se filas.
Chaim Kruger, que era um rabino austríaco, amigo de Sousa Mendes, ajudava na hora de carimbar e preparar. Depois de um momento, eram tantos vistos que nem mais nomes foram anotados. A assinatura foi abreviada para facilitar. Ignorou taxas consulares. Tudo para correr contra o tempo. Tudo para salvar o máximo possível de pessoas.
Há relatos de pessoas que conseguiram visto em papel.
Quer saber o que aconteceu quando Bordeaux foi bombardeada? Quais foram as consequências das atitudes de Sousa Mendes? Como foi o fim de vida dele? Aperta o play que o Tá na História te conta tudo.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Domínio Público, via Wikimedia Commons