Seita japonesa do fim do mundo está de volta
Uma antiga seita japonesa do "fim do mundo" está de volta e colocando países do leste europeu em estado de alerta.
Para se ter uma ideia, esta foi a seita responsável pelo ataque com gás sarin ao metrô de Tóquio em 1995, deixando 13 mortos. No último mês, 58 estrangeiros suspeitos de associação ao grupo Aum Shinrikyo ("Verdade suprema", em tradução literal) foram expulsos da ex-república iugoslava de Montenegro. Além disso, nos últimos dias, a polícia russa invadiu 25 propriedades associadas a Aum e prendeu pelo menos dez pessoas.
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Ainda não se sabem os motivos para o ressurgimento da seita no leste europeu, mas teorias apontam que ex-integrantes da Aum estariam envolvidos. Estima-se que existam até 30 mil seguidores do grupo na Rússia, onde o grupo é considerado ilegal.
A seita ficou famosa por aterrorizar o Japão. No dia 20 de março 1995, o grupo foi responsável pela morte de 13 pessoas e feriu outras 5 mil no metrô de Tóquio por causa do uso do gás sarin, letal para o sistema nervoso.
Criada na década de 80, a Aum mistura crenças hinduístas, budistas e algumas profecias cristãs. Entre outras coisas, acredita que mundo o caminha para uma Terceira Guerra Mundial e que apenas seu seguidores sobreviverão. Seu fundador, Shoko Asahara, declarou ser um "iluminado" e Jesus Cristo.
Em 1989, o grupo ganhou o status de organização religiosa no Japão e conquistou milhares de seguidores pelo mundo. Com o extremismo, as coisas mudaram, especialmente após o ataque ao metrô. Asahara e outros seguidores foram condenados à morte. O líder aguarda até hoje pelo cumprimento de sua sentença no Japão.
O grupo não desapareceu por completo e chegou a mudar seu nome para Aleph. Surgiram dissidências como a Hikari no Wa, que assim como a Aleph, é permitida no Japão, mas sob extrema vigilância.
Fonte: BBC
Imagem: Martin Capek/Shutterstock.com