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Série de adultérios colocaria em xeque a legitimidade da família real britânica

Por History Channel Brasil em 15 de Dezembro de 2014 às 23:01 HS
Série de adultérios colocaria em xeque a legitimidade da família real britânica-0

E se toda a história da coroa britânica, de Ricardo III em diante, estivesse marcada por adultérios? Ninguém teria imaginado que, cinco séculos depois de sua morte, o aparecimento do rei imortalizado por Shakespeare como um terrível vilão colocaria em xeque os seus sucessores.

os estudos encontraram uma ruptura na história genética que implicaria uma infidelidade e, por conseguinte, a ilegitimidade de todos os descendentes reais dos últimos séculos
Esse capítulo incrível da história começou em fevereiro de 2012, quando foram encontrados os supostos restos de Ricardo III, embaixo de um estacionamento em Leicester, no Reino Unido. Após meses de estudos, nos quais foram comparados o DNA dos restos do rei com o de um descendente direto, os cientistas confirmaram sua suspeita: tratava-se de Ricardo III, que foi morto aos 32 anos na batalha de Bosworth, em que foi derrotado por Henrique Tudor. E não apenas isso: os estudos encontraram uma ruptura na história genética que implicaria uma infidelidade e, por conseguinte, a ilegitimidade de todos os descendentes reais dos últimos séculos. A quebra do cromossomo Y, explicável somente por uma “falsa paternidade”, põe em dúvida a sucessão “sanguínea”, embora ainda não se saiba em que elo da cadeia isso tenha acontecido.

Por via das dúvidas, os pesquisadores da Universidade de Leicester esclareceram: “não estamos, de forma alguma, afirmando que a Sua Majestade Elizabeth II não deveria estar no trono”. Entretanto, a suspeita histórica foi plantada. De acordo com a investigação, a ruptura afeta a legitimidade de Henrique IV, Henrique V, Henrique VI e “toda a dinastia Tudor”, começando por Henrique VII e continuando com Henrique VIII, Eduardo VI, Maria I e Elizabeth I. Desse modo, ao mesmo tempo em que é confirmada uma das descobertas mais importantes em muito tempo, surge uma nova interrogação que irá despertar o interesse de cientistas e da família real britânica.

Fonte e imagens: ABCEl País e El Comercio