Voluntários da pátria na Guerra do Paraguai? Só que não
Por Thiago Gomide do Tá na História
Parceria HISTORY e Tá Na História
Em muitas cidades do Brasil há ruas e avenidas homenageando os voluntários da pátria.
Pessoas que teriam ido à Guerra do Paraguai com a vontade de defender o nosso país.
Muitos dos tais voluntários foram convocados de maneira bem distante do que conhecemos como voluntariado.
Quer três exemplos?
Muitos bêbados foram levados sem entender para onde estavam indo. Pense na cena: você estava tomando um gole, chegava um grupo de militares, te sequestravam e o futuro era a farda e o campo de batalha.
Seguindo essa levada, muitos homens foram captados em festas, andando nas ruas...Pense na cena: você estava em um petit comitè e do nada era levado por um grupo de militares para uma missão. De bota e de arma, você precisava vencer um batalhão.
O terceiro exemplo envolve pessoas escravizadas, o Império e o mercado.
Aperte o play e veja o vídeo para saber mais.
É evidente que tiveram voluntários que desejaram ir à guerra.
No vídeo, trago a história de dois casos emblemáticos. Duas mulheres que fizeram o possível e o impossível para conseguirem participar do conflito.
Ao saber que os filhos iriam participar da Guerra do Paraguai, a baiana Ana Neri não pensou duas vezes: mexeu todas as fichas para conseguir uma liberação para acompanhar os meninos. Foi e fez história. A enfermagem não seria a mesma sem Ana Neri.
Se quiser mais informações sobre Ana Neri, acesse o Canal do Tá na História no YouTube. Tem vídeo inteirinho sobre ela.
A outra voluntária foi a cearense Jovita Feitosa, que se vestiu de homem para acompanhar a tropa. Mulher não podia integrar as forças militares. Jovita foi descoberta, afastada, mas virou referência de patriotismo e de coragem.
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Se você conhece outros casos de voluntários na Guerra do Paraguai, me envie no [email protected]
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Espero você, para trocarmos ideias.
THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.