3 curiosidades sobre a origem do Natal
Comemorado em 25 de dezembro, o Natal é um feriado religioso, além de um fenômeno cultural e comercial. Por dois milênios, pessoas de todo o mundo celebram a data com tradições religiosas e seculares. Os cristãos celebram a ocasião como o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, o líder espiritual cujos ensinamentos formam a base de sua religião. Mas mesmo quem não é religioso costuma partilhar de tradições natalinas, como a troca de presentes, a decoração de árvores de Natal e a espera do Papai Noel. Confira abaixo três curiosidades sobre as origens da festa:
Como começou o Natal?
A tradição de comemorar o solstício de inverno é muito antiga no hemisfério norte (a data marca a noite mais longa do ano, que acontece em 21 de dezembro naquela parte do mundo). Séculos antes do nascimento de Jesus, os primeiros europeus celebravam a luz e a vida após o fim dos dias mais escuros do ano. Muitos povos celebravam essa ocasião, quando o pior do frio e da escuridão ficava para trás e eles podiam esperar dias mais longos, com mais horas de luz solar.
Na Escandinávia, os nórdicos promoviam um festival chamado Yule, de 21 de dezembro até janeiro. Em reconhecimento ao retorno do sol, pais e filhos incendiavam grandes toras de madeiras. As pessoas festejavam até que os troncos terminassem de queimar, o que poderia levar até 12 dias. Eles acreditavam que cada centelha do fogo representava um novo porco ou bezerro que nasceria durante o próximo ano.
O final de dezembro era o momento perfeito para comemorações na maior parte da Europa. Naquela época do ano, a maioria dos bovinos era abatida para que esses animais não precisassem ser alimentados durante o inverno. Para muitos, era a única época do ano em que havia um suprimento de carne fresca. Além disso, os vinhos e cervejas produzidos durante o ano havia finalmente fermentado, estando prontos para beber.
Saturnália
Em Roma, onde os invernos não eram tão rigorosos quanto os do norte da Europa, acontecia a Saturnália, festa em homenagem a Saturno, o deus da agricultura. O festival começava na semana que antecedia o solstício de inverno e durava um mês inteiro. O período da Saturnália era marcado pelo hedonismo: a comida e a bebida eram abundantes e a ordem social romana se invertia. Durante um mês, os escravos se tornavam senhores, enquanto camponeses comandavam a cidade. Negócios e escolas fechavam para que todos pudessem participar da diversão.
Também na época do solstício de inverno, os romanos celebravam a Juvenália, uma festa em homenagem aos filhos de Roma. Além disso, os membros das classes altas costumavam comemorar o aniversário de Mitra, o deus do sol invencível, em 25 de dezembro. Para alguns romanos, o aniversário de Mitra era o dia mais sagrado do ano.
O Natal é realmente o dia em que Jesus nasceu?
Nos primeiros anos do cristianismo, a Páscoa era o principal feriado e o nascimento de Jesus não era celebrado. No século IV, as autoridades da Igreja decidiram instituir o nascimento de Jesus como um dia santo. Infelizmente, a Bíblia não menciona a data do nascimento de Cristo.
Apesar de algumas evidências sugerirem que o nascimento pode ter acontecido na primavera, o Papa Júlio I escolheu a data de 25 de dezembro para a comemoração. Acredita-se que a Igreja estabeleceu esta data com o objetivo de adotar e absorver as tradições do festival pagão da Saturnália. Inicialmente chamado de Festa da Natividade, o costume começou a se espalhar pelo mundo a partir do ano 432. Na Idade Média, o cristianismo havia substituído a religião pagã na maior parte da Europa.
Fonte: History.com
Imagem: Domínio Público