Arqueólogos afirmam que encontraram local onde João Batista foi condenado à morte
O local onde João Batista foi condenado à morte pode ter sido encontrado por arqueólogos na Jordânia. Os pesquisadores dizem que identificaram na localidade de Maquero as ruínas do trono do rei Herodes Antipas, que determinou a morte do profeta bíblico. A passagem é relatada tanto no Novo Testamento quanto pelo historiador Flávio Josefo (37-100).
Segundo a Bíblia, Herodes Antipas se separou da primeira esposa para casar com Herodias, mulher de seu irmão, Filipe. João Batista fez críticas públicas ao rei, dizendo que a situação era ilícita. Indignado, Herodes mandou prender o profeta.
Ainda de acordo com o relato bíblico, durante uma festa que celebrava o aniversário de Herodes, Salomé, filha de Herodias, dançou para ele. Entusiasmado com a dança, Herodes disse que ela poderia pedir qualquer coisa que ele lhe daria. Após consultar a mãe, a jovem exigiu do rei a cabeça de João Batista em uma bandeja. Herodes teria ficado contrariado, mas cumpriu a promessa feita à enteada e mandou executar e decapitar seu prisioneiro.
Já Flávio Josefo não entra em detalhes sobre a história, mas conta que Herodes Antipas mandou matar João Batista porque temia a crescente influência dele entre a população. Segundo o historiador, a execução aconteceu em Maquero, um forte perto do Mar Morto, território situado atualmente na Jordânia.
Segundo o arqueólogo Győző Vörös, um pátio descoberto em Maquero é provavelmente o lugar onde Salomé apresentou sua dança e onde Herodes Antipas decidiu decapitar João Batista. No local há ruínas que pertenceriam ao trono do rei bíblico. O sítio arqueológico foi descoberto em 1980, mas até agora ninguém havia levantado a hipótese que ele estaria relacionado com os eventos narrados na Bíblia.
A teoria de Vörös não foi recebida com unanimidade entre seus colegas. Enquanto alguns acreditam que ele pode estar certo, outros afirmam que hipótese de o local abrigar o trono de Herodes é meramente especulativa
Fonte: Live Science
Imagens: Győző Vörös/Reprodução