Arqueólogos encontram antiga igreja no local onde teria acontecido a Última Ceia
Vestígios relacionados a algumas das passagens bíblicas mais conhecidas foram encontrados na cidade de Jerusalém, em Israel. As descobertas foram feitas na região do Getsêmani, onde teria acontecido a Última Ceia. Além das ruínas de uma antiga igreja bizantina perdida, arqueólogos localizaram as fundações de uma banheira ritualística judaica de dois mil anos.
As ruínas do templo desconhecido de 1500 anos foram encontradas nas proximidades da Igreja do Getsêmani,construída no local onde Judas teria traído Jesus com um beijo antes de entregá-lo aos soldados romanos. Localizado no sopé do Monte das Oliveiras, o templo do século VI era decorado em estilo bizantino, com elementos de pedra esculpidos de forma sofisticada. Inscrições gregas no chão do edifício dizem: "para a memória e repouso dos amantes de Cristo ... aceite a oferta de seus servos e dê-lhes a remissão de pecados".
Já o artefato ritualístico encontrado no local pode ajudar a confirmar a origem do nome "Getsêmani". “A descoberta desta banheira provavelmente atesta a existência de uma indústria agrícola que funcionou aqui há dois mil anos - possivelmente produtora de azeite ou vinho", disse Amit Re'em, arqueólogo da Autoridade de Antiguidades de Israel. "As leis judaicas de purificação obrigavam os trabalhadores envolvidos na produção de azeite e vinho a se purificarem. A descoberta da banheira ritualística pode, portanto, sugerir a origem do antigo nome do lugar, Getsêmani (Gat Shemanim, ‘prensa de óleo’), um lugar onde o óleo ritualmente puro era produzido perto da cidade", completou.
As descobertas se originaram por acaso, depois que operários que trabalhavam em um túnel encontraram vestígios antigos e avisaram arqueólogos sobre o achado. O trabalho de escavação aconteceu por meio da cooperação entre a Custódia da Terra Santa, o Studium Biblicum Franciscanum e a Autoridade de Antiguidades de Israel. “Getsêmani é um dos santuários mais importantes da Terra Santa, pois neste local a tradição lembra a oração confiante de Jesus e sua traição e porque todos os anos milhões de peregrinos visitam e rezam Neste lugar", disse o frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa.
Fontes: Artnet, Haaretz e Jerusalem Post
Imagens: Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação