Mais evidências sobre quem teria sido Maria Madalena
A pesquisadora Jennifer Ristine argumenta em seu último livro que a seguidora mais fiel de Jesus Cristo vinha de um dos povos mais ricos da Judeia e contava com recursos próprios, que utilizou para financiar o profeta do cristianismo. A nova teoria está contemplada no livro “Mary Magdalene: Insights From Ancient Magdala” (Maria Madalena, percepções da Antiga Magdala, na tradução).
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Essa hipótese vai ao encontro do Evangelho de São Lucas, que mencionava as mulheres que doavam seus bens a Jesus e seus discípulos, para ajudá-los a continuar o trabalho de pregação. De acordo com esse texto bíblico, a primeira dessas benfeitoras foi Maria Madalena. Ristine preferiu ser prudente a respeito da profissão de Maria Madalena e seu vínculo com Jesus, concentrando sua obra no fato de que ela não havia sido pobre e que tinha recursos próprios.
Mesmo que a escritora tenha especificado que nos textos bíblicos não há referência alguma à ocupação da seguidora de Jesus, a imagem da prostituta arrependida se instalou na cultura e na arte cristã medieval. Um equívoco disseminado incialmente e deliberadamente pelo papa Gregório Magno (540-604).
Em 1969, a imagem de Maria Madalena foi revisada e os adjetivos "pecadora" e "penitente" foram excluídos do Breviário Romano para se referir a ela. Em 2016, o Papa Francisco se referiu a ela como "apóstola dos apóstolos" ao transformar o dia 22 de julho, Dia de Maria Madalena, em festa litúrgica. Sua posição enquanto apóstola segue sem reconhecimento oficial por parte do Vaticano.
Fonte: Independent
Imagem: Renata Sedmakova / Shutterstock.com