Ruínas de igrejas cristãs milenares são encontradas em deserto no Egito

Arqueólogos encontraram as ruínas de três antigas igrejas cristãs em Bahariyya, no Deserto Ocidental do Egito. Os templos faziam parte de um complexo que também abrigava alojamentos usados para a habitação de monges. Acredita-se que as edificações podem ter sido construídas entre os séculos IV e VII.
As estruturas são feitas de tijolo de barro, pedra basáltica e rocha esculpida. Segundo o arqueólogo Osama Talaat, inscrições dos cristãos coptas foram encontradas nos templos e alojamentos. Sediada no Egito, a Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria teria sido fundada por São Marcos, o apóstolo e evangelista, em meados do século I. Devido a disputas a respeito da natureza de Cristo, ela se separou do resto da cristandade após o Concílio de Calcedônia, em 451, resultando em uma rivalidade com a Igreja Ortodoxa Bizantina.
Igrejas cristãs no Egito
Esta foi a terceira etapa dos trabalhos de escavação na região. No ano passado, os arqueólogos já haviam encontrado uma sala de jantar e 19 câmaras esculpidas em rocha ligadas a uma igreja. Em suas paredes foram identificadas inscrições em tinta amarela que incluíam trechos da Bíblia em grego.
Segundo o Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO), responsável pela missão, o local foi ocupado entre os séculos IV e VIII, com provável pico de atividade por volta dos séculos V e VI. As descobertas oferecem novas informações a respeito da formação das primeiras comunidades monásticas da igreja cristã do Egito.
- Arqueólogos descobrem menção mais antiga do nome de Cristo em "carta a Deus"
- Arqueólogos encontram antiga igreja no local onde teria acontecido a Última Ceia
- Encontradas as ruínas da igreja do “milagre da mulher sangrando”, atribuído a Jesus
Fontes: Live Science e Times of Israel
Imagens: Ministério das Antiguidades do Egito/Divulgação