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Santo Sudário: relíquia controversa continua cercada de mistérios

Muitos fiéis consideram que esse tecido envolveu o corpo de Jesus após a crucificação, mas sua autenticidade tem sido questionada
Por History Channel Brasil em 15 de Outubro de 2023 às 13:11 HS
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Guardado na Catedral de Turim, na Itália, o Santo Sudário é uma das relíquias mais controversas da Igreja Católica. Muitos fiéis acreditam que esse tecido, que mostra a imagem de um homem que aparentemente sofreu traumatismos físicos, foi usado para cobrir o corpo de Jesus após sua crucificação. No entanto, sua autenticidade tem sido objeto de debate e contestação ao longo dos anos.

Origem obscura

Os primeiros registros históricos do Sudário de Turim datam da década de 1350. Um cavaleiro chamado Geoffroi de Charny supostamente o apresentou ao reitor da igreja de Lirey, na França, como a autêntica mortalha funerária de Jesus. Não há registro de como Charny conseguiu sudário, nem do paradeiro da peça durante os 1.300 anos desde a crucificação de Cristo.

Na década de 1980, Samuel Pellicori se tornou um dos porta-vozes de um grupo de pesquisadores que alegavam que o Santo Sudário de Turim registrava as marcas de um homem que supostamente era Jesus. Esse grupo defendia a autenticidade do Sudário como o tecido que teria coberto o corpo de Cristo após sua crucificação, embora essas afirmações tenham sido questionadas na comunidade científica.

Em 1978, essa equipe iniciou um projeto chamado "Santo Sudário de Turim", e em dezembro de 1980 apresentou resultados que sugeriam que as marcas no tecido não eram adulterações, mas haviam sido causadas pelo contato com um corpo humano. Isso alimentou ainda mais o debate sobre a autenticidade do Santo Sudário de Turim, que continua sendo motivo de controvérsia e estudo.

Santo Sudário
Santo Sudário (Imagem: Dianelos Georgoudis (CC BY-SA 3.0), via Wikimedia Commons)

Em 2018, Matteo Borrini, um pesquisador da Universidade John Moores de Liverpool, apresentou sua pesquisa sobre o Santo Sudário à BBC. Ao contrário de Samuel Pellicori, Borrini afirmou que se tratava de um "artefato medieval" e não de uma relíquia sagrada. Ele chegou a essa conclusão após submeter a peça a uma técnica de medicina forense chamada "Análise de Padrão de Manchas de Sangue". 

A Igreja Católica não tem uma opinião oficial a respeito do Sudário. Para a instituição, fica a critério de cada fiel decidir se acredita ou não em sua autenticidade. A peça raramente é exibida em público.

Fontes
Infobae e History.com
Imagens
iStock.com/Gianluca Avagnina