Estudo indica que anticorpos de lhamas podem combater coronavírus
Um novo estudo aponta que anticorpos de lhamas podem ser úteis no combate à pandemia de COVID-19. De acordo com a pesquisa, moléculas encontradas no sangue de camelídeos teriam potencial para neutralizar o coronavírus. Essa família de mamíferos também inclui os camelos e as alpacas.
Os cientistas esperam que esse estudo possa resultar em uma vacina contra o coronavírus. Os anticorpos de lhamas foram usados pela primeira vez em pesquisas sobre o HIV. Segundo os pesquisadores, essas substâncias se provaram eficazes contra os vírus causadores da Síndrome Respiratória no Oriente Médio (MERS) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).
O estudo é liderado por Bert Schepens e Xavier Saelens, do Instituto Vlaams de Biotecnologia, em Ghent, na Bélgica, e Jason McLellan, da Universidade do Texas. Os pesquisadores conseguiram isolar dois anticorpos de lhama que se ligam às proteínas que os coronavírus usam para entrar nas células. Um anticorpo neutralizou o coronavírus responsável pela MERS e o segundo eliminou o coronavírus da SARS.
Segundo os pesquisadores, a fusão do anticorpo de uma lhama com um anticorpo de um humano produziu um híbrido que neutralizou o vírus responsável pelo COVID-19. Os dados sugerem que esses anticorpos podem ser úteis no combate às epidemias de coronavírus.
Fontes: Nature e Daily Mail
Imagem: Shutterstock.com