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NASA descobre que luas de Urano têm oceanos com potencial para abrigar vida

Descoberta foi feita ao analisar dados envidados há décadas pela sonda Voyager
Por History Channel Brasil em 06 de Maio de 2023 às 12:15 HS
NASA descobre que luas de Urano têm oceanos com potencial para abrigar vida-0

Novas análises dos dados da sonda Voyager da NASA levaram os cientistas da NASA a concluir que quatro das maiores luas de Urano provavelmente contêm uma camada oceânica entre seus núcleos e crostas geladas. Os pesquisadores sugerem que elas possuem oceanos que podem ter dezenas de quilômetros de profundidade, podendo até mesmo ter potencial para abrigar vida. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Journal of Geophysical Research.

Os dados analisados foram enviados há 40 anos pela sonda Voyager 2. Ao verificá-los, os cientistas encontraram evidências que os satélites Titânia e Oberon, que orbitam mais longe de Urano entre o grupo, podem ter oceanos a 50 quilômetros de profundidade. Enquanto isso, as luas Ariel e Umbriel podem ter 30 km de profundidade.

Urano e suas luas

Os pesquisadores usaram esses dados para avaliar o quão porosas são as superfícies das luas de Urano, descobrindo que elas provavelmente são isoladas o suficiente para reter o calor interno necessário para abrigar um oceano. Além disso, eles descobriram o que poderia ser uma fonte potencial de calor nos mantos rochosos dos satélites, que liberam líquido quente e ajudariam um oceano a manter um ambiente quente. Esse cenário é especialmente provável para Titânia e Oberon, onde os oceanos podem até mesmo ser quente o suficiente para potencialmente suportar a habitabilidade.

De acordo com os cientistas, o calor interno não seria o único fator que contribui para a existência oceano subterrâneo das luas. Uma descoberta importante no estudo sugere que os cloretos, assim como a amônia, provavelmente são abundantes nos oceanos das maiores luas de Urano. Há muito tempo se sabe que a amônia atua como anticongelante. Além disso, o estudo sugere que os sais provavelmente presentes na água seriam outra fonte de anticongelante.

Fontes
NASA e Space.com
Imagens
iStock