NASA descobre que luas de Urano têm oceanos com potencial para abrigar vida
Novas análises dos dados da sonda Voyager da NASA levaram os cientistas da NASA a concluir que quatro das maiores luas de Urano provavelmente contêm uma camada oceânica entre seus núcleos e crostas geladas. Os pesquisadores sugerem que elas possuem oceanos que podem ter dezenas de quilômetros de profundidade, podendo até mesmo ter potencial para abrigar vida. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Journal of Geophysical Research.
Os dados analisados foram enviados há 40 anos pela sonda Voyager 2. Ao verificá-los, os cientistas encontraram evidências que os satélites Titânia e Oberon, que orbitam mais longe de Urano entre o grupo, podem ter oceanos a 50 quilômetros de profundidade. Enquanto isso, as luas Ariel e Umbriel podem ter 30 km de profundidade.
Os pesquisadores usaram esses dados para avaliar o quão porosas são as superfícies das luas de Urano, descobrindo que elas provavelmente são isoladas o suficiente para reter o calor interno necessário para abrigar um oceano. Além disso, eles descobriram o que poderia ser uma fonte potencial de calor nos mantos rochosos dos satélites, que liberam líquido quente e ajudariam um oceano a manter um ambiente quente. Esse cenário é especialmente provável para Titânia e Oberon, onde os oceanos podem até mesmo ser quente o suficiente para potencialmente suportar a habitabilidade.
De acordo com os cientistas, o calor interno não seria o único fator que contribui para a existência oceano subterrâneo das luas. Uma descoberta importante no estudo sugere que os cloretos, assim como a amônia, provavelmente são abundantes nos oceanos das maiores luas de Urano. Há muito tempo se sabe que a amônia atua como anticongelante. Além disso, o estudo sugere que os sais provavelmente presentes na água seriam outra fonte de anticongelante.