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Nova linhagem humana é descoberta após análise em esqueleto de 7 mil anos

Ossos pertencem a uma adolescente que viveu há cerca de 7,2 mil anos
Por History Channel Brasil em 06 de Outubro de 2021 às 19:13 HS
Nova linhagem humana é descoberta após análise em esqueleto de 7 mil anos -0

Ao analisar geneticamente os restos mortais de uma adolescente sepultada há 7,2 mil anos na Indonésia, pesquisadores fizeram uma descoberta surpreendente. O estudo revelou que os ossos pertencem a uma linhagem humana previamente desconhecida. Segundo os cientistas, isso pode mudar o que se sabia sobre os processos migratórios dos primeiros humanos.

História ancestral única

Os pesquisadores batizaram a jovem pré-histórica de "Bessé". Segundo Adam Brumm, coautor do estudo, o sequenciamento genético da adolescente indicou uma história ancestral única, não compartilhada por ninguém que vive hoje, nem por nenhum humano conhecido do passado antigo.

Restos mortais de Bessé

O genoma também aponta ela era uma parente distante dos aborígenes australianos e dos indígenas das ilhas da Nova Guiné e do Pacífico ocidental.  Além disso, o estudo, publicado na revista científica Nature, indica que a jovem tem uma parte importante de DNA de uma espécie humana arcaica, conhecida como os denisovanos. Os primeiros restos desta civilização foram descobertos em 2010, quando pesquisadores conseguiram desenterrar o corpo de uma menina nas cavernas de Denisova, na Sibéria. 

Segundo  Cosimo Posth, coautor do estudo, a descoberta genética sugere que a Indonésia e as ilhas vizinhas, uma área conhecida como Wallacea, foram o ponto de encontro para o maior evento de miscigenação entre denisovanos e humanos modernos em sua jornada inicial para a Oceania. Bessé é também o primeiro esqueleto conhecido pertencente à cultura Toaleana, um enigmático grupo de caçadores-coletores que viveu em Sulawesi do Sul entre 1.500 e 8.000 anos atrás.

Fontes
Live Science, La Nación, The Guardian e CNN
Imagens
Universidade Hasanuddin/Reprodução