Problema em módulo poderia ter matado astronautas da Apollo 11 durante retorno à Terra
Há 50 anos, Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua. O que poucos sabem é que na volta para a Terra uma anomalia colocou em risco a vida dele e dos outros dois astronautas que faziam parte da missão Apollo 11. A informação foi revelada em um novo livro chamado "Eight Years to the Moon: The History of the Apollo Missions" ("Oito Anos até a Lua: A História das Missões Apollo", em tradução livre).
[NOITE ESPECIAL 50 ANOS DA CHEGADA DO HOMEM À LUA: 20/07, A PARTIR DAS 20H40]
Segundo a jornalista Nancy Atkinson, autora da obra, a gravidade do problema só foi percebida após os astronautas terem retornado com segurança ao nosso planeta. Por meio de pesquisas e entrevistas, ela descobriu que o módulo que transportava Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins apresentou um comportamento anormal nos momentos finais da jornada de retorno. Isso poderia ter resultado em uma tragédia.
Os astronautas estavam à bordo do módulo de comando e serviço (CSM, na sigla em inglês). Faltando 15 minutos para cair no Oceano Pacífico, o CSM se dividiu em duas partes: o módulo de comando e o módulo de serviço. Isso era necessário porque apenas o módulo de comando (onde estava a tripulação) possuía um escudo térmico. Esse equipamento serve para proteger os astronautas das altas temperaturas que resultam da reentrada na Terra.
Após a separação, os módulos deveriam ter seguido trajetórias diferentes. Mas não foi o que aconteceu. O módulo de serviço acabou "perseguindo" o módulo de comando, apresentando sério risco de colisão. Se isso acontecesse, os astronautas poderiam ter morrido bem no fim da missão.
Buzz Aldrin percebeu o comportamento anormal do módulo e alertou o comando da missão da NASA, em Houston. Gary Johnson, que trabalhava como engenheiro elétrico do programa Apollo, disse que de jeito nenhum os equipamentos deveriam estar tão próximos. Felizmente, não houve colisão. "Se as coisas tivessem dado errado, poderíamos ter perdido a equipe do Apollo 11. Tivemos sorte", disse Johnson. Ao investigar o problema, a NASA descobriu que a anomalia também havia ocorrido nas missões anteriores Apollo 8 e Apollo 10.
Fonte: Business Insider
Imagem: NASA, via Wikimedia Commons