5 fatos surpreendentes sobre Charles Darwin

Charles Darwin ficou conhecido por sua teoria da evolução e seleção natural, mas há muitos aspectos de sua vida que são menos comentados. A seguir, destacamos cinco fatos surpreendentes sobre ele:

Receio de publicar "A Origem das Espécies"

Darwin demorou mais de 20 anos para publicar sua teoria revolucionária sobre a evolução. A jornada de cinco anos dele ao redor do mundo a bordo do HMS Beagle, que terminou em 1836, lhe forneceu uma pesquisa inestimável que contribuiu para o desenvolvimento de sua teoria da evolução e seleção natural. No entanto, por receio da aceitação pública e eclesiástica de sua ideia radical, Darwin demorou a apresentá-la. Ele só anunciou sua teoria em 1858, em conjunto com o naturalista britânico Alfred Russel Wallace, que estava prestes a divulgar uma ideia semelhante. No ano seguinte, Darwin publicou seu trabalho seminal: "A Origem das Espécies".

Doenças crônicas

Após seu retorno da viagem ao redor do mundo, Darwin começou a sofrer de exaustão, eczema e episódios crônicos de náuseas, dores de cabeça e palpitações cardíacas, problemas que persistiram pelo resto de sua vida. Alguns especulam que ele possa ter contraído a Doença de Chagas durante suas viagens, uma enfermidade parasitária que pode causar danos cardíacos, levando à sua morte.

Abandono da faculdade de medicina 

O pai de Darwin era um médico bem-sucedido e queria que o filho seguisse seus passos. Em 1825, Darwin começou a trabalhar como aprendiz no consultório do pai e entrou para uma das melhores escolas de medicina da Grã-Bretanha, na Universidade de Edimburgo. No entanto, Darwin detestava a visão de sangue e achava as aulas tediosas. Desmotivado, ele abandonou o curso, frustrando os planos do pai.

Darwin foi estudante de teologia 

Após abandonar a faculdade de medicina, Darwin, que mais tarde desafiaria a doutrina religiosa do criacionismo, matriculou-se em Cambridge para estudar teologia. Ele escreveu que, na época, não tinha dúvidas sobre a veracidade literal da Bíblia. No entanto, sua fé começou a vacilar depois que testemunhou as atrocidades da escravidão em sua viagem pelo mundo e com a morte de três de seus filhos. Mesmo assim, Darwin nunca se considerou ateu, mas sim agnóstico.

Darwin se alimentava de animais exóticos 

Além de estudar uma diversidade de animais pelo mundo, Darwin também os comia. Quando estudava em Cambridge, ele fundou o "Clube Gourmet", também conhecido como "Clube dos Glutões", com o objetivo de provar "pássaros e feras até então desconhecidos ao paladar humano". Darwin provou carne de gavião e garça, mas não conseguiu engolir a carne de uma coruja marrom. Durante a viagem no HMS Beagle, ele continuou suas aventuras culinárias, comendo tatu, avestruz e puma, que descreveu como tendo um sabor "notavelmente parecido com o de vitela".