Adolescente Yanomami é o primeiro indígena de aldeia a morrer de COVID-19 no Brasil
Um adolescente de 15 anos da etnia Yanomami foi o primeiro indígena que vivia em uma aldeia a morrer de coronavírus no Brasil. O jovem estava internado no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista. Ele era tratado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu à doença.
Segundo o Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami (Dsei), o adolescente era natural da aldeia Rehebe, mas estava morando na Terra Indígena Boqueirão, no município de Alto Alegre, a 87 quilômetros de Boa Vista. Ele havia se mudado para lá para dar continuidade aos estudos do ensino fundamental.
Não se sabe ao certo como o adolescente contraiu a doença, mas sua comunidade vive perto de um garimpo ilegal. Segundo os médicos responsáveis por seu tratamento, ele já tinha a saúde debilitada devido a casos de malária. Além disso, o jovem também sofria de desnutrição.
Após o caso do adolescente, outras duas mortes de indígenas foram confirmadas pelo Ministério da Saúde. Uma delas foi de uma mulher da etnia Kokama, de 44 anos, e a outra foi de um homem da etnia Tikuna, de 78 anos. Ambos morreram no estado do Amazonas.
Fontes: Agência Brasil e Amazônia Real
Imagem: Acervo Funai/FPEYY/Reprodução