Análise da "Pedra do Destino" que será usada na coroação de Charles revela símbolos ocultos
Tecnologias digitais de ponta e análises científicas revelaram mais informações sobre a história da Pedra do Destino, o antigo símbolo da monarquia escocesa e que será usado para a coroação do rei Charles III do Reino Unido. O objeto tem uma importância simbólica que remonta ao ano 841 d.C. Durante o estudo, os pesquisadores notaram símbolos nunca antes documentados e outras anomalias no artefato.
Algarismos romanos
Agora, um novo modelo digital 3D da Pedra foi criado, permitindo que ela fosse analisada de diferentes perspectivas com mais detalhes do que nunca. Segundo o Departamento de Patrimônio Histórico da Escócia, o estudo revelou marcas não registradas anteriormente na superfície do artefato, semelhantes a algarismos romanos. “A análise científica que pudemos realizar usando técnicas de ponta que não estavam disponíveis anteriormente ofereceram algumas novas pistas intrigantes sobre a história da Pedra", disse Ewan Hyslop, chefe de pesquisa e mudança climática do órgão.
A análise também indicou uma série de anomalias na Pedra. Entre elas, estão uma mancha de liga de cobre e restos de reboco de gesso, sugerindo que o artefato tem aspectos desconhecidos de sua história que não estão registrados em documentos. “A descoberta de marcações não registradas anteriormente também é significativa e, embora neste momento não possamos dizer com certeza qual pode ser seu propósito ou significado, elas oferecem uma excelente oportunidade para outras áreas de estudo”.
A Pedra do Destino, um pedaço de arenito amarelo rosado de granulação grossa, é um antigo símbolo da monarquia escocesa e tem sido usada para a posse de monarcas por centenas de anos. Durante uma invasão em 1296, o artefato foi apreendido pelo rei Eduardo I, da Inglaterra, e instalado sob o assento de um trono na Abadia de Westminster. A partir daí, monarcas da Inglaterra e Reino Unido foram coroados sentados sobre ela.