Arqueólogos encontram estrutura parecida com Stonehenge na Holanda
Durante escavações perto da cidade de Tiel, na Holanda, arqueólogos encontraram um santuário solar de quatro mil anos. Acredita-se que a estrutura tenha sido projetada para se alinhar com os raios do sol durante os solstícios de inverno e verão, iluminando os principais montes funerários. O local, primeiro do tipo a ser descoberto no país, está sendo apelidado de "Stonehenge Holandês".
Calendário solar
Composto por três montes funerários, o santuário abrigava grandes postes de madeira alinhados em seu interior. Ao longo de 800 anos, pelo menos 60 indivíduos foram sepultados nos montes funerários que existem no local. Segundo os pesquisadores, também foram descobertos outras 20 sepulturas em um cemitério próximo, sendo que o maior monte possui um diâmetro de 20 metros e servia como um tipo de calendário solar.
Ontdekking: 4000 jaar oud heiligdom met zonnekalender op industrieterrein Medel. Belangrijke plek voor rituelen en begrafenissen. Fascinerende vondsten, inclusief een oude glazen kraal uit Mesopotamië! #Archeologie #Ontdekking #Tiel pic.twitter.com/2GjPKbfVOX
— gemeente Tiel (@gemTiel) June 21, 2023
Os arqueólogos acreditam que o local sagrado serviu como um ponto de encontro durante os solstícios, onde as pessoas testemunhavam o alinhamento do sol com os montes. De acordo com um comunicado da prefeitura de Tiel, várias oferendas, incluindo esqueletos de animais, crânios humanos e itens valiosos como uma ponta de lança de bronze, foram encontradas nos locais onde a luz solar penetrava pelas aberturas. "Ao redor do monte maior havia uma vala rasa com vários corredores. Em certos dias, o sol brilhava diretamente por esses corredores no monte. Os dias mais importantes eram 21 de junho, solstício de verão (dia mais longo), e 21 de dezembro, solstício de inverno (dia mais curto)", diz o texto.
Entre os itens descobertos no local está um grânulo de vidro verde encontrado em uma das sepulturas centrais. Surpreendentemente, análises revelaram que essa peça se originou da Mesopotâmia, atual Iraque, situada a aproximadamente quatro mil quilômetros de distância. A presença desse artefato sugere que essas duas culturas distintas, separadas por grandes distâncias, de alguma forma mantiveram contato entre si há cerca de quatro mil anos.