O mistério continua: descartada a possibilidade de Stonehenge ser um calendário solar
O matemático Giulio Magli, da Universidade Politécnica de Milão, e o astrônomo Juan Antonio Belmonte, do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias, publicaram um novo estudo no qual questionam a teoria de que Stonehenge seria um calendário solar. De acordo com os pesquisadores, esta hipótese sobre o monumento situado na Inglaterra está completamente equivocada.
A teoria do calendário antigo afirmava que o monumento pré-histórico na planície de Salisbury, em Wiltshir, tinha a função de acompanhar os dias, semanas e meses em um ano solar de 365,25 dias, assim como era feito naquela época no antigo Egito. Alguns especialistas acreditavam que essa poderia ser uma evidência de ligações entre a Grã-Bretanha e outras civilizações.
Magli e Belmonte negam a teoria do calendário e afirmam que se trata de “uma série de interpretações forçadas, numerologia e analogias infundadas”. No estudo, eles apontam todas as inconsistências da teoria e afirmam que ela sofre com o "efeito de seleção", procedimento no qual são extraídos apenas elementos favoráveis a uma interpretação desejada.
Em suma, os pesquisadores afirmam que o conceito de Stonehenge como um calendário solar neolítico é uma construção puramente moderna. Segundo eles, a teoria foi construída sobre bases arqueoastronômicas e calendáricas falhas. O estudo no qual desmontam essa hipótese foi publicado na revista científica Antiquity.