Arqueólogos identificam sarcófago do faraó Ramsés II
Arqueólogos franceses desvendaram um mistério que envolvia um dos faraós egípcios mais populares de todos os tempos. Um sarcófago que pertenceu a Ramsés II, que governou entre 1279 a.C. e 1213 a.C., foi finalmente identificado graças a um fragmento de granito encontrado em Abidos, no Egito. Um estudo sobre a descoberta foi publicado no periódico Revue D'Égyptologie.
"Grande sacerdote"
Em 2009, uma equipe de arqueólogos liderada por Ayman Damrani e Kevin Cahail encontrou o pedaço de um sarcófago de granito dentro de um mosteiro copta em Abidos. Inicialmente, análises da decoração e dos textos contidos no fragmento permitiram saber que o sarcófago havia sido usado por duas pessoas em momentos diferentes. No entanto, só o último ocupante havia sido identificado: Menkheperrê, um "grande sacerdote da XXI dinastia", que viveu por volta de 1000 a.C.
Ramesses II's sarcophagus finally identified thanks to overlooked hieroglyphics https://t.co/htNBNDdfFf
— Live Science (@LiveScience) May 28, 2024
Recentemente, ao analisar mais detalhadamente o fragmento, Frédéric Payraudeau, professor de Egiptologia na Universidade Sorbonne, decifrou um hieróglifo que não havia sido traduzida antes. O texto entalhado na peça dizia que o sarcófago era "do próprio Ramsés II".
Até agora, sabia-se que o sarcófago de ouro onde Ramsés II havia sido originalmente enterrado se perdeu, possivelmente em um saque à sua tumba. Depois disso, sua múmia foi trocada diversas vezes de lugar para evitar novos saques. Ela eventualmente foi encontrada em Deir el-Bahari em 1881, ao lado de outros restos mortais, incluindo os de seu pai, o faraó Seti I.
Apesar de suas diversas mudanças de localização, a múmia de Ramsés II está bem preservada. Quando foram descobertos no século XIX, seus restos mortais estavam em um caixão de cedro que não foi originalmente projetado para abrigar o faraó. Ainda não estão claras as circunstâncias que fizeram com que seu sarcófago de granito identificado agora fosse reutilizado pelo grande sacerdote Menkheperrê.