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Arte rupestre indica que homens pré-históricos tinham conhecimentos de astronomia

Por History Channel Brasil em 01 de Dezembro de 2018 às 13:37 HS
Arte rupestre indica que homens pré-históricos tinham conhecimentos de astronomia-0

Os homens da Idade da Pedra não eram tão primitivos quanto a maioria das pessoas imagina. Um novo estudo defende que há cerca de 40 mil anos os humanos já observavam o movimento das estrelas e faziam anotações sofisticadas a respeito da passagem do tempo. A prova estaria nos desenhos deixados por eles nas cavernas.

No estudo, os pesquisadores defendem que os homens pré-históricos possuíam um bom entendimento a respeito da mudança das posições das estrelas. O trabalho sugere ainda que eles tinham alguma compreensão da "precessão dos equinócios", um efeito causado pela mudança gradual do eixo de rotação da Terra, que ocorre em ciclos de cerca de 25.920 anos.

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Os cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, chegaram a essa conclusão ao observar artes rupestres dos períodos paleolítico e neolítico. Entre os desenhos pesquisados estão os da famosa caverna de Lascaux, na França. De acordo com os especialistas, esses desenhos descrevem mais do que homens-palito caçando feras. "A arte rupestre antiga mostra que as pessoas tinham um conhecimento avançado do céu noturno durante o fim da Era do Gelo. Intelectualmente, eles não eram diferentes do que somos hoje", disse Martin Sweatman, que liderou o estudo. 

O estudo defende que os animais representados nas pinturas representam constelações, como nos signos do zodíaco. Usando rádio-carbono e outras técnicas de análise, os cientistas descobriram que os desenhos se alinham com eventos astronômicos. Outras ilustrações, como a de um homem caído ao lado de outros animais mortos, parecem representar o impacto de cometas. Registros do tipo ocorrem em várias cavernas na Europa. Esse conhecimento pode ter ajudado até mesmo em navegações em mar aberto, o que pode mudar o que sabemos sobre as migrações pré-históricas.


 Fonte: IFLSCience

Imagem: Alistair Coombs/Universidade de Edimburgo