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Assim era o rosto de um gaúcho que viveu há 6 mil anos

Por History Channel Brasil em 21 de Setembro de 2020 às 20:25 HS
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Em 1961, pesquisadores escavaram os restos mortais de uma pessoa que viveu há cerca de seis mil anos em Maquiné, no litoral do Rio Grande do Sul. Até hoje esse é o esqueleto humano mais antigo já encontrado naquele estado. Agora, o rosto desse homem pré-histórico (apelidado de "Zé") foi reconstruído digitalmente em 3D. 

Segundo os estudiosos, Zé era um homem indígena que tinha uma idade aproximada entre 40 e 50 anos quando morreu. Ele fazia parte de um grupo de caçadores-coletores nômades que pertenciam à Tradição Umbu (conjunto de culturas distintas que se concentraram em regiões mais altas do pampa, onde fazem fronteira o Rio Grande do Sul, a Argentina e o Uruguai). O esqueleto faz parte do acervo do Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), em Taquara. 

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A iniciativa de revelar o rosto de Zé em 3D partiu de Cicero Moraes, designer especializado em reconstrução facial forense. Ele entrou em contato o Marsul por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), pois iria apresentar a técnica em um evento em Porto Alegre. A partir das orientações de Moraes, o historiador e arqueólogo Antonio Soares fotografou o crânio em diferentes ângulos e enviou as imagens nas quais o especialista se baseou para fazer a reconstrução.

A partir das fotos e de informações de estudos anteriores sobre o crânio, Moraes desenvolveu um modelo virtual e tridimensional do rosto de Zé. O processo envolve uma técnica conhecida como fotogrametria, na qual dezenas de fotografias geram uma imagem tridimensional do crânio. O tom da pele e dos cabelos foram recriados com base nas informações fornecidas por técnicos do Marsul. 

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Fontes: Gaúcha ZH e G1

Imagens: Shutterstock.com e Cicero Moraes/Marsul/Reprodução