Calendário astronômico de 2 mil anos é descoberto em uma tumba na China

Um túmulo, preservado por mais de dois mil anos, foi descoberto em excelente estado de conservação por uma equipe de arqueólogos do Instituto de Pesquisa de Relíquias Culturais e Arqueologia de Chongqing, na China. No seu interior, foram encontradas diversas peças retangulares de madeira. Segundo os pesquisadores, os artefatos têm relação com o calendário astronômico chinês.
Tiangan Dizhi
A tumba foi localizada no município de Chongqing e remonta ao ano de 193 a.C., no início do período da dinastia Han Ocidental. Segundo os pesquisadores, evidências apontam que o túmulo foi utilizado para sepultar uma pessoa de destaque. Isso porque aproximadamente 600 relíquias foram descobertas em seu interior, incluindo objetos de cerâmica, jade e madeira.
2,000-year-old 'celestial calendar' discovered in ancient Chinese tomb https://t.co/uKtsAroX56 pic.twitter.com/MQPFGPeq6Q
— SPACE.com (@SPACEdotcom) January 7, 2024
Cada uma das 23 tiras de madeira tem cerca de 2,5 centímetros de largura e 10 cm de comprimento e exibe um caractere chinês relacionado ao Tiangan Dizhi (ou "Dez Hastes Celestiais e 12 Ramos Terrestres"). Esse calendário astronômico tradicional chinês foi estabelecido durante a dinastia Shang, que governou por volta de 1600 a.C. a cerca de 1045 a.C.
Esse sistema de calendário marcava o tempo por meio de uma combinação cíclica de 10 “hastes celestiais”, cada uma correspondendo aos 10 dias da semana Shang, e os 12 “ramos terrestres”, representando um ciclo de 12 dias, produzindo um ciclo de calendário de 60 anos. Os arqueólogos acreditam que uma das tiras pode representar o ano em que a tumba foi selada.