Casas Casadas oferecem uma aula da história da moradia no Brasil
As Casas Casadas, em Laranjeiras, no Rio de Janeiro, proporcionam uma aula da história da moradia no Brasil.
As seis residências formam o melhor exemplo de moradas multifamiliares, comuns principalmente no final do século XIX e começo do século XX.
As Casas Casadas foram construídas em duas etapas que se arrastam de 1874 a 1885.
Por causa do período colonial era comum encontrarmos na então capital do Brasil, Rio de Janeiro, casas térreas e sobrados.
Com a Revolução Industrial e a vinda para o Rio de Janeiro de muitas pessoas, imigrantes e brasileiras, o jogo mudou: os edifícios de habitação coletiva começaram a ganhar cores. Precisava-se arrumar espaço para o desenvolvimento.
Esse desenvolvimento, em um período que o conceito de bairro aparecia com força, contribuiu para um problema de saúde pública: a propagação de doenças, como a varíola e a febre amarela.
Muitas residências multifamiliares e muitos cortiços foram derrubados em uma sequência de ações polêmicas – e que divide opiniões até hoje.
Logo que assumiu a prefeitura do Rio, em dezembro de 1902, o engenheiro Francisco Pereira Passos traçou um plano: seguindo uma política higienista, resolveu atacar as habitações urbanas que tivessem condições sanitárias precárias.
Quer saber como a moradia do Rio e do Brasil foi alterada em meados do século XX? Como é o interior de uma rara residência multifamiliar? Quais eram os maiores problemas? O Tá na História te conta e mostra os detalhes.
THIAGO GOMIDE é historiador e jornalista. Pós-graduado em História do Brasil e Mestre em História, Bens Culturais e Política pela FGV. Foi apresentador e editor do Canal Futura e diretor da MultiRio, ambos dedicados à educação. Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente assina a coluna "Coisas do Rio", no jornal O Dia, e é presidente da rádio Roquette-Pinto.
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.
Imagem: Prefeitura do Rio de Janeiro