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Catedral de Notre-Dame: desvendado mistério dos sarcófagos de chumbo encontrados após incêndio

Caixões inusitados foram descobertos após obras de restauração na igreja francesa atingida pelo fogo
Por History Channel Brasil em 15 de Dezembro de 2022 às 10:15 HS
Catedral de Notre-Dame: desvendado mistério dos sarcófagos de chumbo encontrados após incêndio-0

Após o incêndio que atingiu a catedral de Notre-Dame, em Paris, em 2019, a igreja histórica começou a passar por um processo de restauração. Durante essas obras, pesquisadores encontraram dois misteriosos sarcófagos de chumbo. Agora, finalmente foram revelados os segredos que os caixões guardavam.

Homem influente e rico

Usando trajes especiais para protegê-los do chumbo, pesquisadores da Universidade de Toulouse abriram os dois sarcófagos. Em um deles, havia um epitáfio com o nome do morto, junto aos seus restos mortais. Ele era Antoine de la Porte, cônego da igreja, que morreu em 1710, aos 83 anos.

Apresentação dos sarcófagos de chumbo
Apresentação dos sarcófagos de chumbo (Imagem: © DR UT3/Divulgação)

Segundo os pesquisadores, la Porte era um homem influente e rico: ele encomendou várias pinturas que hoje estão no Museu do Louvre e pagou por reformas da catedral. Ele foi sepultado em uma área da igreja reservada para pessoas importantes. Seu sarcófago foi feito de chumbo para ajudar a preservar os restos mortais, prática disponível apenas para os ricos da época, mas o corpo se decompôs significativamente desde então.

Já a identidade da pessoa sepultada no segundo sarcófago permanece um mistério. O corpo parece ser de um homem entre 25 e 40 anos, que provavelmente andava a cavalo desde tenra idade. Embora tenha sido sepultado em uma parte da catedral que sugere importância, ainda não se sabe quem ele era, nem em que século viveu. Por enquanto, ele foi apelidado de "Le Cavalier" ("O Cavaleiro"). Caso ele tenha morrido entre os séculos XVI e XVII, sua morte pode ter sido registrada nos arquivos da igreja, mas se morreu antes disso, será difícil identificá-lo.

Fontes
IFLSCience
Imagens
DENIS GLIKSMAN, INRAP/EPRNDP/DIVULGAÇÃO