Como era a vida das mulheres vikings?
Como muitas civilizações tradicionais, a sociedade viking era essencialmente dominada pelos homens. Eles caçavam, lutavam, faziam negócios e plantavam, enquanto a vida das mulheres girava em torno de cozinhar, cuidar da casa e criar os filhos. Mas, elas também podiam exercer outros papéis que iam muito além dos afazeres domésticos.
A vida das mulheres vikings
Segundo os historiadores, as mulheres vikings tinham um grau de liberdade incomum para a época. Elas podiam ser donas de propriedades, pedir o divórcio e recuperar seus dotes caso seus casamentos terminassem. As mulheres costumavam se casar entre as idades de 12 e 15 anos. Essas uniões eram arranjadas pelas famílias, embora a noiva também pudesse opinar sobre o futuro marido.
Embora o homem fosse o chefe da casa, a mulher desempenhava um papel ativo no gerenciamento doméstico, especialmente quando seus maridos estavam ausentes. Caso ficasse viúva, a mulher assumia esse papel de forma permanente, administrando sozinha a fazenda ou o comércio da família. Muitas mulheres vikings eram enterradas com chaves, simbolizando sua função como donas da casa.
Havia guerreiras na sociedade viking? Embora poucos registros históricos mencionem o papel das nórdicas na guerra, João Escilitzes, historiador da era bizantina, escreveu a respeito de mulheres vikings lutando em uma batalha contra os búlgaros em 971 d.C.
Além disso, Saxo Grammaticus, historiador dinamarquês do século XII, relatou a existência de comunidades de “donzelas escudeiras” que se vestiam como homens e se dedicavam a aprender a lutar com espadas e outras habilidades bélicas. Segundo ele, o famoso viking Ragnar Lothbrok acabou se casando com uma dessas guerreiras, chamada Lagertha, após ter ficado impressionado ao lutar ao lado dela em uma batalha contra os suecos.
Algumas mulheres vikings também ascendiam a um status social elevado. Um dos túmulos mais impressionantes já encontrados na Escandinávia daquele período pertencia à rainha de Oseberg, que foi enterrada em um navio suntuosamente decorado junto com muitos bens valiosos em 834 d.C.
Mais tarde, no século IX, Aud, filha de um chefe norueguês nas Hébridas (ilhas ao largo do norte da Escócia) casou-se com um rei viking que vivia em Dublin. Quando seu marido e filho morreram, ela organizou uma viagem de navio para ela e seus netos para a Islândia, onde se tornou uma das colonizadoras mais importantes da região.
Para saber mais sobre os guerreiros nórdicos, acompanhe a série VIKINGS, que está de volta ao HISTORY 2. A partir de 6 de março, todas as temporadas estão sendo exibidas em sequência, com episódios de segunda a sexta-feira, às 22h.