Como excrementos fossilizados estão ajudando a ciência
Grandes mistérios sobre sociedades ancestrais estão sendo revelados pela ciência. Tudo isso graças à análise dos coprólitos, os excrementos humanos fossilizados.
Os povos aborígenes americanos, dos quais mais de 50% padecem de diabetes do tipo 2, intrigam os cientistas há várias décadas. Agora, devido ao estudo de fezes humanas fossilizadas, encontradas na Cueva de Antílope, uma caverna do norte do Arizona, nos EUA, será possível desvendar esse mistério.
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A observação dos coprólitos revelou que os antepassados dos atuais povos indígenas americanos tiveram uma dieta à base de alimentos ricos em fibra e baixa glicemia. Ambos os fatores se mostraram fundamentais para que o grupo étnico estivesse propenso a padecer de diabetes, já que uma dieta pouco nutritiva requer metabolismos dispostos a aproveitar os nutrientes até a última gota.
“Para entender as causas dessa incidência alta de diabetes, temos que analisar – o melhor possível – a alimentação desses povos (...) e isso só pode ser feito ao estudarmos os coprólitos, para saber o que exatamente eles comiam”, afirma Karl Reinhard, arqueólogo da Universidade de Nebraska.
De acordo com as fezes analisadas, a dieta dos antigos nativos americanos era à base de milho, sementes de girassol, amaranto (folhas comestíveis) e carne de pequenos mamíferos, que eram cozidos e usados em ensopados.
Fonte: ABC
Imagem: Sianto et al. 2012 [CC BY 2.0], via Wikimedia Commons