Como os pobres viviam e se divertiam na Roma Antiga
Roma foi a primeira metrópole multicultural do mundo. Já no século I a.C.. quando a cidade contava com mais de um milhão de habitantes, nem tudo era a opulência e os excessos amplamente documentados na história. Em Roma também havia pessoas pobres, bairros marginais e áreas extremamente sujas, sem nenhum tipo de saneamento.
Longe do belo centro cívico, o Império era um labirinto de ruelas estreitas e corredores. Não havia iluminação pública e nem lugar para jogar excrementos, que muitas vezes eram arremessados pelas janelas das casas, junto com outros dejetos. Ao anoitecer, havia uma força paramilitar de vigilância: os vigias urbanos, que às vezes eram heróis e outras vilões. Basicamente, as vítimas de delitos precisavam se defender sozinhas.
Mas não era só sofrimento. Pelas noites, as pessoas frequentavam clubes, tabernas e bares, nos quais os homens bebiam, apostavam e paqueravam as garçonetes. Em paredes preservadas nas ruínas de Pompeia, algumas pinturas mostram essas cenas típicas do cotidiano de um bar. Os afrescos retratam grupos de homens sentados ao redor das mesas, pedindo outra rodada de bebidas, flertando ou jogando dados (como na imagem acima).
Enquanto a plebe aproveitava a vida noturna, os ricos descansavam confortavelmente em suas luxuosas casas, sendo servidos por escravos e sob a proteção de cães de guarda. Da segurança de seus lares, a agitada vida das ruas era quase inaudível. A elite romana desprezava esses lugares e denunciava os maus hábitos dos pobres e seu vício em jogos e bebidas. No entanto, muitos ricos, como o próprio imperador Nero, disfarçavam-se e frequentavam os mesmos lugares, em busca de aventuras.
Fonte: BBC
Imagem: WolfgangRieger, via Wikimedia Commons