Crânio bem preservado de mastodonte é encontrado nos Estados Unidos
Pesquisadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta histórica ao desenterrar o primeiro crânio de mastodonte preservado em boas condições no estado. Segundo os cientistas, o achado é ainda mais importante por datar de uma época em que os primeiros humanos habitavam e caçavam na região. Artefatos de populações pré-históricas também foram encontrados no local.
Interação com humanos?
Os mastodontes eram grandes mamíferos, semelhantes a elefantes e mamutes, que vagaram pela América do Norte por volta de 3,5 milhões de anos atrás até cerca de 10.500 anos atrás, quando foram extintos. O início da descoberta começou em 2022, quando um morador do Condado de Wayne, que informou aos pesquisadores sobre um osso incomumente longo encontrado em um leito de riacho em uma propriedade privada. O osso foi identificado como um fêmur de mastodonte, o que chamou a atenção da equipe de arqueologia.
No ano seguinte, a equipe voltou ao local e encontrou uma presa quebrada emergindo do leito do riacho, sugerindo que ela estava possivelmente conectada a um crânio. Em 2024, os pesquisadores retornaram para escavar o crânio e outros ossos de mastodonte, provavelmente todos pertencentes ao mesmo animal.
A análise por datação de radiocarbono revelou que o crânio tem cerca de 13.600 anos, coincidindo com o período de ocupação humana na área. "Estamos realmente esperançosos em encontrar evidências de interação humana com essa criatura — talvez pontas de projéteis e facas usadas para matar o animal e realizar os primeiros cortes," disse John Doershuk, arqueólogo da Universidade de Iowa.
Durante a escavação, os arqueólogos também encontraram artefatos como ferramentas de pedra, que embora sejam de alguns milhares de anos após a data do crânio, indicam a presença humana na região. Esses achados prometem ajudar a entender como o mastodonte chegou ao leito do riacho e o papel dos primeiros humanos nesse processo. Os ossos serão analisados e preservados no Repositório de Paleontologia da Universidade de Iowa e, posteriormente, farão parte de uma exposição permanente no Museu Prairie Trails.