Crânio de carneiro encontrado dentro de cabeça de barro intriga pesquisadores
Há mais de 40 anos, arqueólogos encontraram um artefato de aparência assustadora na Sibéria. Em um antigo cemitério, eles se depararam com uma cabeça de barro de cerca de 2100 anos. Ao pesquisar o artefato na década de 1970, cientistas suspeitaram que lá dentro havia um crânio humano. Mas o mistério ainda não estava desvendado.
Em 2010, um novo estudo revelou que dentro da cabeça de barro havia um crânio de carneiro, na verdade. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após submeter o artefato a exames de tomografia. Mas qual seria a origem desse estranho objeto?
Um novo estudo, publicado na revista Science First Hand, tenta desvendar o mistério, que envolve um ritual funerário. No trabalho, a professora Natalia Polosmak, do Instituto de Arqueologia e Etnografia da Sibéria, sugere que a cabeça poderia ser a representação de um corpo que não foi encontrado. Na ausência dos restos mortais da pessoa, seus entes queridos enterraram o artefato com o objetivo de representar fisicamente sua alma na passagem entre a vida e a morte.
O uso do crânio de carneiro no ritual ainda permanece um mistério. Especula-se que o animal simbolizasse algum aspecto da alma da pessoa morta. Acredita-se que o cemitério onde a cabeça foi encontrada pertencia ao povo Tagarsk, que viveu durante a Idade do Bronze na Sibéria. De acordo com os historiadores, os Tagarsk eram guerreiros que aterrorizam as estepes da Eurásia entre os anos 900 a.C. e 200 d.C.
Fonte: IFLScience