Crime no Senado: quando o pai de Fernando Collor matou um senador
Por Thiago Gomide do Tá na História
Parceria HISTORY e Tá Na História
Brigas políticas são normais. Brigas políticas envolvendo famílias poderosas fazem parte da nossa história.
Em Alagoas, nas décadas de 1950, 1960 e por aí adiante, todo mundo sabia que a família de Arnon de Mello não conversava com a família de Silvestre Péricles.
O que ninguém imaginava é que as brigas políticas, sempre recheadas de muitas acusações, de xingamentos, daria em morte.
Brasília ferveu em dezembro de 1963.
As trocas de farpas entre Arnon de Mello, que tinha sido Governador de Alagoas em 1950, e Silvestre Péricles já tinham ultrapassado o aceitável.
Um chamava o outro de corrupto. Um tentava prejudicar o outro.
Em 4 de dezembro, Arnon de Mello vai à tribuna berrar que Silvestre Péricles estava fazendo ameaças de morte. Coisa séria.
Silvestre Péricles não ficou quieto não. Berrava que era mentira. Os nervos foram aumentando, aumentando, aumentando.
Uma turma tentou apaziguar, mas aquela discussão não tinha começado há 1 hora. Tinha muito tempo.
Sabe cena de filme de bang bang? Sabe quem está na hora errada no lugar errado e acaba pagando pato?
Então...
Veja o vídeo e entenda os detalhes do caso que barbarizou o Brasil. Aperta o play!
Os tiros foram mortais. Uma catástrofe que mexeu com o País e, claro, com os políticos.
Foi decidida a prisão dos dois envolvidos. Mas foi por pouco tempo.
Em 1964, eles foram considerados inocentes.
Em 1983, Arnon de Mello morreu ocupando o cargo de Senador.
Poucos anos depois, o filho dele, Fernando Collor de Mello, o caçador de marajás, se elegeria presidente da república na eleição de 1989.
Foi cassado e voltou à política como Senador...em Alagoas. Em 2006, ele foi eleito com 550.725 votos.
É isso.
Até semana que vem!
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THIAGO GOMIDE é jornalista e pesquisador. Foi apresentador e editor do Canal Futura e da MultiRio, ambos dedicados à educação. Escreveu e dirigiu o documentário "O Acre em uma mesa de negociação". Além de ser o responsável pelo conteúdo do Tá na História, atualmente edita e apresenta o programa A Rede, na Rádio Roquette Pinto ( 94,1 FM - RJ).
A proposta do Tá na História é oferecer conteúdos que promovam conhecimento sobre personagens e fatos históricos, principalmente do Brasil. Tudo isso, claro, com bom humor e muita curiosidade.