Cubatão, o “Vale da Morte”: a história de uma cidade devastada pela cobiça
Na década de 50, a cidade de Cubatão se tornou, graças à sua localização privilegiada (a apenas 12 quilômetros do Porto de Santos e 100 quilômetros de São Paulo), a “capital química” do Brasil. Mais de 30 fábricas foram instaladas no seu território, causando uma das maiores catástrofes ambientais da história.
A poluição indiscriminada emitida pelas fábricas fez com que, em poucos anos, a cidade, rodeada por montanhas, se transformasse em uma verdadeira estufa de fumaças tóxicas. As crianças nasciam com deformidades terríveis e a chuva ácida queimava a pele de seus habitantes. As populações mais pobres eram as que mais sofriam as consequências.
Em 1977, ambientalistas mediram a toxicidade emanada pelo parque industrial e chegaram à conclusão de que esta era o dobro dos padrões utilizados pela Organização Mundial da Saúde para determinar a “sobremortalidade”. Em 1984, um vazamento de petróleo causou um incêndio em um bairro carente, no qual morreram quase 200 pessoas.
Nas décadas seguintes, foram implementadas algumas políticas públicas de cuidado ambiental, mas os especialistas afirmam que os níveis de contaminação continuam extremamente altos.
Fonte: Infobae
Imagem: Wikipedia Commons