A curiosa história do prédio com formato da bandeira de São Paulo
Você daria joia, aquele anel de ouro maravilhoso, o seu carro, a sua casa ou, se você estiver na pendura, o que você tem de maior valor para o seu Estado?
Em 1932, São Paulo comprou uma briga com o Governo Federal. O presidente era Getúlio Vargas, que tinha encabeçado uma revolução dois anos antes.
Guerra significa gastos. A Associação Comercial de São Paulo, então, criou uma campanha para angariar fundos. “Ouro para o bem de São Paulo” estimulava as pessoas a doarem, especialmente, as alianças de casamento. Em troca, ganhavam uma de latão que exaltava aquele gesto, digamos, um tanto quanto patriótico.
Os ricos contribuíam com mais. A indústria de São Paulo entrou de cabeça naquela batalha. Três meses de intensas lutas para em outubro de 1932 a bandeira branca ser levantada. São Paulo se rendeu.
Mas e aí, o que fazer com aqueles bens que foram ofertados, mas não convertidos em armas, em munições, em objetos e ações fundamentais em uma guerra?
A Santa Casa de Misericórdia, importante no período, aberta para treinar médicos, enfermeiros e cuidar dos feridos, recebeu a grana.
E investiu na construção de um prédio que exalta o povo paulista, que simula a bandeira do Estado tremulando.
São treze andares, um para cada listra da bandeira. O mastro é uma homenagem às alianças doadas. O capacete constitucionalista compõe o prédio, que tem o nome da famosa campanha: Edifício Ouro Para o Bem de São Paulo . Aperte o play e conheça essa preciosidade no centro da capital do Estado: