Descoberta de esqueleto na Itália indica morte por método de tortura mais cruel
O esqueleto de um jovem morto durante a Idade Média foi encontrado por pesquisadores perto da catedral de Milão, na Itália. Marcas nos ossos indicam que ele foi submetido a um dos um instrumentos de tortura mais cruéis da história, a "Roda de Santa Catarina". Acredita-se que o rapaz tenha sido executado em algum momento entre os anos de 1290 e 1430.
Roda de Santa Catarina
Os restos mortais foram encontrados em 2019, mas um novo estudo, publicado no Journal of Archaeological Science, revela mais detalhes sobre a vítima. Segundo os pesquisadores, o jovem pode ter sido morto devido ao preconceito por conta de sua aparência física. Isso porque o rapaz tinha baixa estatura e apresentava deformidades físicas no rosto. Junto aos ossos foram encontradas fivelas, que teriam sido usadas para ajudar a prendê-lo na roda.
A roda de despedaçamento, conhecida também como a Roda de Santa Catarina ou apenas a Roda, era utilizada para executar penas capitais desde a Antiguidade Clássica até o início da modernidade. Na Europa, foi um dos mais populares instrumentos de tortura durante a Idade Média. O condenado era amarrado a ela e seus membros, expostos entre os raios, eram primeiramente quebrados com porretes e martelos. Depois disso, outras violências eram impostas à vítima, com o uso de lâminas, fogo ou ferros em brasa.
No fim, a roda era colocada em um mastro e levantada como se fosse uma bandeira. A vítima ficava suspensa por algum tempo, talvez dias ou semanas, até que finalmente morresse ou fosse executada por misericórdia. O terrível método de tortura era usado com maior frequência contra os acusados de crimes hediondos, mas no norte da Itália, onde o esqueleto foi encontrado, a roda era geralmente reservada para pessoas acusadas de propagarem a peste. Por conta de sua aparência, talvez o jovem tenha sido considerado suspeito de disseminar a doença.