Descoberta surpreendente revela como alunos travessos eram castigados no Antigo Egito
Arqueólogos da Universidade de Tübingen, na Alemanha, fizeram uma descoberta fantástica sobre a educação no Egito Antigo. Inscrições encontradas na cidade de Atribis revelaram uma forma de castigo bastante familiar que os professores aplicavam em estudantes travessos. Assim como nos tempos modernos, há dois mil anos os mestres faziam alunos escreverem repetidamente determinadas frases como forma de punição.
Antiga escola egípcia
Ao todo, foram encontrados 18 mil cacos de argila que eram usados de forma similar a cadernos. A equipe explicou que esses fragmentos são conhecidos no mundo arqueológico como “óstracos”. Analisando os textos, os pesquisadores encontraram listas de nomes, anotações compras de alimentos e frases escritas por alunos.
É muito raro encontrar um volume tão grande de óstracos. Eles foram recuperados durante escavações lideradas pelo professor Christian Leitz, da Universidade de Tübingen, em cooperação com Mohamed Abdelbadia e sua equipe do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. Segundo os pesquisadores, um número surpreendentemente grande de fragmentos pode ser atribuído a uma escola antiga.
"Existem listas de meses, números, problemas de aritmética, exercícios de gramática e um 'alfabeto de pássaro' - cada letra recebeu um pássaro cujo nome começou com essa letra", disse Leitz. Alguns óstracos contêm exercícios de escrita que a equipe classifica como punição. Esses fragmentos são inscritos com os mesmo caracteres repetidos, tanto na frente quanto no verso.
Os pesquisadores disseram ainda que quase todos os textos estão escritos em egípcio demótico. No entanto, alguns dos óstracos que não eram utilizados com fins escolares têm evidência de escrita grega e hieroglífica, e mais raramente, copta ou árabe.