Descoberto o método usado pelo "homem de gelo" para se tatuar há 5 mil anos
Em 1991, a múmia de Ötzi, o "homem de gelo", foi encontrada por turistas nos Alpes italianos, uma descoberta que impressionou a comunidade científica. Um dos aspectos que mais chamaram a atenção envolve as tatuagens presentes no corpo do homem que viveu há cerca de 5.300 anos. Agora, um grupo de cientistas revelou como essas marcas na pele foram feitas na Idade do Cobre.
Método moderno
Ötzi tinha 61 tatuagens espalhadas pela parte inferior das costas, abdômen, pulso esquerdo e parte inferior das pernas. Por muitos anos, pensava-se que elas haviam sido feitas com uma técnica que envolvia cortes na pele e a aplicação de pigmento de origem vegetal (que teria sido esfregado sobre as feridas posteriormente). Mas um novo estudo publicado no periódico European Journal of Archaeology indica que as marcas foram feitas de maneira muito semelhante ao método moderno.
Unravelling the mystery of the world's oldest tattoos: Ötzi the iceman applied his own ink using a hand-poking technique 5,300 years ago, study finds https://t.co/mpW2fxN5cX pic.twitter.com/uJB4Jh1wmu
— Daily Mail Online (@MailOnline) March 15, 2024
Os pesquisadores da Divisão de Arqueologia do Tennessee, nos Estados Unidos, fizeram testes com oito ferramentas e quatro técnicas diferentes para tatuar uma figura idêntica a uma das marcas no corpo da múmia. Suas conclusões foram que Ötzi usou um objeto pontiagudo como uma agulha de cobre ou osso em sua pele para gravar as figuras que permanecem visíveis após mais de 5 mil anos.
O arqueólogo Aaron Deter-Wolf, líder do estudo, disse em entrevista ao site Science Alert que esses tipos de artefatos aparecem no registro arqueológico da região dos Alpes onde o corpo mumificado de Ötzi foi encontrado. Nenhum deles havia sido identificado como ferramentas de tatuagem, mas o novo estudo pode levar os arqueólogos a reavaliarem a função desses artefatos.