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Tatuagem com referência a Jesus é encontrada em corpo de 1.300 anos no Sudão

Marca foi encontrada no pé direito de um indivíduo enterrado em um cemitério perto de um mosteiro medieval
Por History Channel Brasil em 24 de Outubro de 2023 às 12:02 HS
Tatuagem com referência a Jesus é encontrada em corpo de 1.300 anos no Sudão-0

Pesquisadores fizeram uma descoberta religiosa fascinante durante escavações no Sudão. Os arqueólogos encontraram uma rara tatuagem de 1.300 anos que faz referência a Jesus. Eles identificaram a marca na pele ao analisar restos mortais encontrados em um cemitério nas proximidades de um mosteiro medieval na região da Núbia. 

Cristograma

Segundo os pesquisadores, a tatuagem está localizada no pé direito do indivíduo (possivelmente um homem com idade entre 35 e 50 anos). A imagem representa um cristograma, símbolo religioso que combina as letras gregas “chi” e “rho” para formar uma abreviatura do nome de Cristo. Além disso, a tatuagem apresenta as letras “alfa” e “ômega”, a primeira e a última letra do alfabeto grego, representando a crença cristã de que Deus é o começo e o fim de tudo.

O monastério medieval de Ghazali é um dos sítios arqueológicos mais bem preservados do Sudão. Os restos mortais foram encontrados em 2016 por uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade de Varsóvia, na Polônia. A tatuagem foi identificada durante análises recentes feitas pelo bioarqueólogo Kari A. Guilbault, da Universidade Purdue, nos Estados Unidos. O indivíduo cuja pele trazia a marca viveu entre os anos 667 e 774, quando o cristianismo era a principal religião da região. 

"Foi uma grande surpresa ver de repente o que parecia ser uma tatuagem quando eu estava trabalhando com a coleção Ghazali", disse Guilbault. "No início não tive certeza, mas quando as imagens foram processadas e a tatuagem ficou claramente visível, todas as incertezas iniciais foram eliminadas”, completou. Em entrevista ao site Live Science, ele disse que não está claro se o indivíduo era um monge, pois estava enterrado em um setor do cemitério que não era destinado aos religiosos. 

Fontes
Live Science e Universidade de Varsóvia
Imagens
Kari A. Guilbault/Universidade Purdue/Universidade de Varsóvia/Divulgação