Esqueletos de freiras mortas por soldados soviéticos são encontrados na Polônia
Arqueólogos anunciaram a descoberta dos restos mortais de três freiras católicas mortas por soldados soviéticos na Polônia no fim da Segunda Guerra Mundial. Elas estavam entre as 16 religiosas da Ordem de Santa Catarina de Alexandria assassinadas pelo Exército Vermelho. Nos últimos meses, outros quatro esqueletos já haviam sido localizados.
Quando as tropas da Alemanha nazista desocuparam a Polônia, em 1944, o Exército Russo invadiu o país. Nesse período, os soviéticos assumiram o comando, reprimindo, aprisionando e matando soldados, religiosos e civis poloneses. Entre as vítimas, estavam as freiras da Ordem de Santa Catarina.
Segundo o Instituto Polonês de Memória Nacional (IPN), a partir do início de 1945 tropas russas invadiram hospitais nas localidades de Gdańsk-Wrzeszcz, Olsztyn e Orneta, onde as freiras atuavam como enfermeiras. Soldados espancaram e esfaquearam pacientes e atacaram as religiosas que tentavam defendê-los. Dezesseis delas foram mortas entre janeiro e novembro daquele ano.
Os arqueólogos encontraram os restos mortais de sete delas: Irmã Generosa (Maria Bolz), Irmã Krzysztofora (Marta Klomfass), Irmã Libéria (Maria Domnik), Irmã Rolanda (Maria Abraham), Irmã Gunhilda (Dorota Steffen), Irmã Bona (Anna Pestka) e Irmã Charytyna (Jadwiga Fahl). Segundo o IPN, elas foram brutalmente atacadas. O rosto da Irmã Rolanda "ficou mutilado e inchado, irreconhecível", enquanto a irmã Gunhilda levou três tiros. Já a Irmã Krzysztofora morreu após uma longa luta contra um soldado soviético. Segundo relatos, ela teve a língua e os olhos arrancados, além de ter sido esfaqueada dezenas de vezes com uma baioneta.
Documentos históricos e objetos religiosos enterrados com as freiras ajudaram os pesquisadores na identificação das vítimas. Entre eles, estavam rosários, crucifixos e medalhas. A Igreja Católica abriu um processo de beatificação das 16 religiosas, primeiro passo para que elas sejam declaradas santas, após a canonização.
Fontes: Live Science e The First News
Imagens: Instituto Polonês de Memória Nacional (IPN)/Divulgação e Ordem de Santa Catarina/Reprodução