As Grandes Pirâmides de Gizé poderão desaparecer em apenas 100 anos
Durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, o ex-ministro de Antiguidades do Egito, Zahi Hawass, afirmou que as pirâmides de Gizé poderão desaparecer em um século, devido ao aquecimento global. Segundo ele, a crise ambiental poderá incidir nos monumentos milenares, que não aguentariam um aumento nas vertiginosas temperaturas do deserto.
Crise climática
Hawass afirmou que a exposição das ruínas ao ar livre faz com que elas fiquem mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Tanto ele como outros pesquisadores explicaram que é preciso se atentar ao perigo que corre o Vale dos Reis e a Necrópole de Gizé.
A conferência organizada pela ONU reúne líderes de todo o mundo para discutir os temas mais relevantes relacionados à crise climática e propor medidas de ação e acordos para manter os níveis de temperatura global abaixo de 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais. Hawass aproveitou a oportunidade para mostrar como a inércia dos governos em todo o mundo pode prejudicar não só a natureza, mas também o legado arqueológico de seu país, de vital importância para a compreensão da história da humanidade.
As Grandes Pirâmides de Gizé ficam localizadas em um planalto na margem oeste do rio Nilo, nos arredores do Cairo. A mais antiga e maior delas, conhecida como a Grande Pirâmide ou Pirâmide de Quéops, é a única estrutura sobrevivente das famosas Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Acredita-se que para sua construção, por volta do ano de 2.570 a. C., foram utilizados 2,3 milhões de blocos de pedra.