Inscrições em templo egípcio revelam registros de constelações desconhecidas
Durante trabalhos de restauração no templo de Esna, no Egito, pesquisadores descobriram gravuras e hieróglifos feitos há cerca de dois mil anos. Livres das grossas camadas de fuligem e sujeira, os relevos e inscrições agora podem ser admirados novamente em cores brilhantes. Algumas das imagens mais impressionantes retratam observações astronômicas, incluindo constelações desconhecidas.
O templo de Esna fica a 60 km ao sul de Luxor. Apenas o vestíbulo (pórtico de acesso à entrada principal) permanece de pé, mas ele está completo. Com 37 metros de comprimento, 20 metros de largura e 15 metros de altura, a estrutura de arenito foi construída durante o governo do imperador romano Cláudio (41-54 DC). Seu teto é sustentado por 24 colunas.
A construção é famosa por seu teto astronômico e por suas inscrições hieroglíficas. As inscrições abordam as concepções religiosas da época e descrevem os eventos de culto que aconteciam no local. O templo é dedicado ao deus Khnum, a suas esposas Menhit e Nebtu, a seu filho Heka e à deusa Neith.
Enquanto restauravam o templo, os pesquisadores limparam antigas cenas representando as constelações, incluindo a Ursa Maior (conhecida como Mesekhtiu) e Orion (conhecida como Sah). Eles também encontraram inscrições sobre constelações até então desconhecidas, como uma chamada "Apedu n Ra" ou "os gansos de Ra", que é a antiga divindade egípcia do Sol, disse Christian Leitz, líder da pesquisa e professor de egiptologia na Universidade de Tübingen, na Alemanha. No entanto, esses hieróglifos não estão acompanhados de imagens, portanto não há como saber quais estrelas eles descrevem.
Gravura que descreve a constelação de Ursa Maior em forma de uma perna de touro
Fontes: Universidade de Tübingen e Live Science
Imagens: Ahmed Amin/Universidade de Tübingen/Divulgação