Jarros misteriosos podem ser granadas usadas nas Cruzadas há 900 anos
Jarros cônicos encontrados por arqueólogos em Jerusalém, em Israel, podem ter sido usados como granadas primitivas há cerca de 900 anos. É isso que aponta um novo estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Griffith, na Austrália. Os artefatos teriam feito parte do arsenal de guerreiros que combateram nas Cruzadas.
Granadas contra cruzados
No estudo, os pesquisadores analisaram o conteúdo de quatro jarros encontrados no sítio arqueológico israelense conhecido como Jardins Armênios. As peças em questão foram produzidas entre os séculos XI e XII. A equipe descobriu que um dos recipientes provavelmente foi usado para armazenar óleo, outros dois guardavam materiais perfumados (como perfumes ou remédios), enquanto o último estava cheio de vestígios de materiais explosivos.
O professor Carney Matheson, líder do estudo, disse que os vestígios podem ser de algum tipo de explosivo antigo. Relatos da época das Cruzadas descrevem que dispositivos semelhantes a granadas eram lançados contra as fortalezas dos cruzados. Segundo esses textos, os artefatos produziam ruídos altos e flashes de luz brilhantes.
“Alguns pesquisadores propuseram que os jarros eram usados como granadas e continham pólvora negra, um explosivo inventado na China antiga e conhecido por ter sido introduzido no Oriente Médio e na Europa no século XIII", disse Matheson. Inicialmente, levantou-se a hipótese de que o material tivesse chegado mais cedo à região. “No entanto, esta pesquisa mostrou que não se trata de pólvora negra, mas provavelmente de um material explosivo inventado localmente”, completou.